Museus do Vaticano e Capela Sistina: Tudo o que você precisa saber para a sua visita

Museus do Vaticano são uma das atrações turísticas mais desejadas pelos turistas que visitam Roma.

São cerca de 6 milhões de pessoas ao ano que buscam descobrir as relíquias guardadas atrás dos muros do Vaticano que abrigam uma vasta coleção de arte, afrescos e artefatos históricos e culturais, incluindo obras de Michelangelo, Rafael e Caravaggio.

Está é uma atração imperdível tanto como o Museu do Louvre em Paris, mas para visita-lo você deve se preparar com antecedência para não perder horas em filas e conseguir organizar nem que seja minimamente sua visita as principais obras.

No total você encontrará na sua visita 9 museus e cada um com uma temática diferente.

As obras famosas que todos querem ver estão distribuídas entre estes 9 museus e são centenas de acervos e obras, você pode levar alguns dias querendo ver tudo em detalhes.

Por isso este post é um guia dos Museus do Vaticano para ajudar a você não se perder nesse acervo imenso, encontrar as principais obras e conseguir se planejar com antecedência.

Como chegar aos Museus do Vaticano

Os Museus Vaticanos estão localizados no Vaticano, um estado independente dentro de Roma.

O acesso é feito pela Porta de Bronze, localizada no lado esquerdo da Praça de São Pedro.

Existem várias formas de se chegar lá, nós estamos hospedados em Roma perto do Coliseu e para chegar cedo pegamos um metrô.

• De carro, táxi ou aplicativo

Os Museus estão localizados a cerca de 10 minutos de carro da estação Termini, a principal estação de trem de Roma.

• De transporte público

A linha que atende o Vaticano é a linha A do metrô de Roma. A estação mais próxima é a Ottaviano, que fica a cerca de 5 minutos a pé dos museus.

Também é possível chegar de ônibus. A linha 49 para na frente dos museus.

• A pé

Se você estiver hospedado em Roma o trajeto até o Vaticano leva cerca de 45 minutos.

Eu recomendo você voltar de lá a pé e ir de metrô mesmo para chegar mais cedo e fugir das multidões.

Horário de funcionamento

Estão abertos todos os dias das 9h às 18h e todo ultimo domingo de cada mês das 9h as 14h.

Principais dúvidas para primeira visita aos Museus do Vaticano

Quanto tempo dura a visita?

Reserve um turno para visitar os museus, no mínimo 3 horas a 4 horas para explorar os principais pontos.

Melhor horário para visitar?

Diferente do Louvre em Paris que deixamos sempre para o fim do dia, aqui optamos em fazer a visita no primeiro horário do dia, pois tínhamos menos dias de permanência em Roma.

Acredito que foi um ótima opção, pois pegamos menos público nas salas. Aproveitamos neste mesmo dia para visitar visita a Necrópole e a Basílica São Pedro.

Mas, se você não conseguir ir no primeiro horário opte por ir mais do meio para o fim da tarde.

O que devo vestir para visitar os Museus?

Primeiro lugar vista-se confortavelmente, opte por calçados baixos e tênis, pois você irá caminhar e muito aqui.

Depois disso você deve estar vestido com roupas adequadas.

Ombros e joelhos não devem estar à mostra. Então nada de decotes, shorts ou saias curtas para as mulheres. Já os homens devem usar calças e mulheres, calças ou vestido/saia abaixo do joelho.

Posso tirar fotos no Museu?

Pode sim, desde que seja sem flash, mas dentro da Capela Sistina é proibido qualquer foto.

Ingressos dos Museus do Vaticano, comprar antes ou não?

Minha dica é comprar antes o ingresso sem dúvida.

Para dar um exemplo prático de como ganhar tempo é da minha própria família, minha mãe foi um ano antes de mim visitar, mas não comprou os ingressos com antecedência, o que aconteceu? Ficou duas horas e meia na fila para comprar, então sim se programe antes.

Você pode adquirir o ingresso no site do The Vatican ou no site do Italy Museum.

Com o ingresso você irá escolher o horário de acesso, assim acaba “furando” a fila, que compensa muito.

Os valores iniciam em € 33,00 euros, mas variam de acordo com a data de visita.

Uma dica boa para quem não quiser pagar por um guia em uma visita de grupos que é um pouco mais caro, é a opção de alugar um áudio guia no local, existem a opção em português. Nós alugamos e foi super bacana, pois você vai aprendendo mais sobre os acervos que está vendo.

Breve história do surgimento dos Museus

Não é de se negar que a igreja católica possui um grande acervo de obras adquirido no decorrer de muitos séculos entre guerras, furtos entre outros, mas há de se confirmar que apesar das formas de adquiri-las possam ser contestadas muitas obras conseguiram ser preservadas por estarem na posse da igreja, pois poderiam ter sido perdidas em mudanças de governos e guerras mundiais.

Os primeiros passos para a criação dos Museus do Vaticano foram dados pelo Papa Júlio II, no início do século XVI. Júlio II era um grande patrono das artes e reuniu uma coleção de obras de arte, incluindo pinturas, esculturas e afrescos.

Os Museus continuaram a se expandir nos séculos seguintes. Os Papas posteriores continuaram a adquirir obras de arte e antiguidades, e novos edifícios foram construídos para acomodar a crescente coleção.

Mas os museus somente foram abertos ao público pela primeira vez em 1771, pelo Papa Clemente XIV.

A abertura ao público foi um evento importante, pois permitiu que as pessoas de todo o mundo pudessem apreciar a coleção.

São mais de 70.000 mil obras de arte, que incluem pinturas, esculturas, afrescos, mosaicos moedas, medalhas e artefatos históricos.

Para os amantes de história é um deleite.

Organizando seu roteiro

Primeira vez que visita o museu e você está com pouco tempo na cidade? Então você pode optar por fazer o percurso breve que te leva as salas mais visitadas.

Mas eu recomendo muito fazer o percurso completo que é o mais longo, pois o museu é incrível, são anos de história para se ver.

Além disso se fizer o trajeto curto, você vai deixar de visitar as Salas de Rafael Sanzio, que guardam afrescos maravilhosos e imperdíveis durante seu passeio. Por isso, faça o percurso longo

O que ver nos Museus Vaticanos

Os museus são divididos em três níveis, subsolo, primeiro andar e segundo andar.

Vou listar abaixo os lugares que achei mais interessante para se visitar.

A Capela Sistina

A Capela Sistina é um dos mais importantes exemplos de arte renascentista e abriga o teto pintado por Michelangelo e a riqueza de detalhes é excepcional, somente visitando para entender a importância e a beleza desta pintura para a humanidade.

É um dos lugares que todos querem visitar, mas infelizmente não pode tirar fotos.

Então simplesmente aproveite o momento.

As Salas de Rafael

As Salas de Rafael são uma série de salas decoradas com afrescos de Rafael, incluindo “A Escola de Atenas” e “A Virgem da Caridade”. São lindíssimas, as pinturas são repletas de detalhes e cores , então inclua na sua visita.

A Galeria dos Mapas

A Galeria dos Mapas é uma galeria de 53 metros de comprimento que abriga uma série de mapas da Itália do século XVI ela é coberta com mapas pintados da Itália baseados em desenhos do frade e geógrafo Ignazio Danti, muito legal também de se visitar.

O Museu Egípcio

 É um dos maiores museus egípcios do mundo e abriga uma coleção de mais de 7.000 artefatos do Egito Antigo. Nós que já tínhamos visitado o Louvre em Paris e já tínhamos visto também vários itens aqui nos deparamos com mais múmias que em Paris e em melhor conservação, então valeu muito a pena a visita.

Pinacoteca

Inaugurada em 1932, a Pinacoteca é uma das mais novas galerias dos Museus. Construída pelo arquiteto Luca Beltrami para Pio X no Jardim Quadrado do século XIX, ela abriga 460 pinturas distribuídas entre as dezoito salas. A coleção aqui começou com 118 pinturas que foram acumuladas pelo Papa Pio VI, mas foi somente após a queda de Napoleão que as pinturas foram reunidas para uma exposição pública. A coleção é dividida com base na cronologia e estilo e você encontrará obras de diversos artistas italianos aqui.

Galeria Lapidária

Eu achei super interessante, mas pode ser meio mórbido. A galeria possui uma biblioteca de pedra com epígrafes que datam entre o século I a.C. e o século VI d.C. É o lar da mais rica coleção de lapidários do Vaticano, a Galeria é uma “biblioteca de pedra”, com mais de 3400 “páginas” distribuídas em 48 paredes. São várias pedras entre lapides, sarcófagos distribuídos por data.

Museu Gregoriano Profano

Eu adoro a cultura grega e aqui existem muitos itens entre estatuas e esculturas encontradas em escavações arqueológicas. Você encontrará vários momentos e temas na arte clássica, desde a Grécia Antiga até o final da era Imperial Romana aqui documentados.

Conclusão e ultimas dicas

Os Museus Vaticanos são uma atração imperdível para qualquer pessoa que visite Roma. A vasta coleção de arte, afrescos e artefatos históricos e culturais oferece algo para todos os gostos e interesses.

Uma última dica é sempre andar dentro dos museus olhando para cima também, sim para cima.

Muitas salas possui uma pintura com aspecto 3D, simplesmente sensacional.

Quando estiver saindo do Museu repare na escada helicoidal de Giuseppe Momo, uma obra de arte, simplesmente fantástica.

Tenho certeza que você irá adorar visitar estes museus?